quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Poderia ter o mundo todo aos meus pés, todos os rapazes que quizesse, as melhores amigas do mundo, todo o dinheiro e mais algum. Mas nada me satisfaz. Caminho todos os dias no vazio, no nada. Não existe nada nem ninguém. Prefiro andar sempre a olhar para a frente e nem ver o que se encontra atrás de mim. Porque só consigo ver a dor, o sofrimento. O meu coração teme, não aguentar mais, tanto sofrer, tanto choro, tanta mágoa. Tantas pessoas dizem gostar de mim, dizem ter sentimento, amor e amizade por mim. Pergunto-me quantos deles não estarão a mentir, quantos deles não estarão a enganar-me. Tenho medo de sair do cásulo, encarar o mundo, erguer a cara e caminhar sem medos. Tudo porquê? Fos-te tu, quem abriu um buraco negro no meu coração, principalmente na minha mente. Confudis-te tudo, num dia levavas-me ao céu e noutro abandonaste-me num abismo. Sozinha, ou melhor dizendo: guiada pelo sofrimento, porque sim, esse é o único que me ama e me segue sem nunca me perder de vista. Pergunto-me quem sou, para onde vou e que espaço tenho eu neste mundo. Serei merecedora deste inferno?
Muitos pensariam que eu estarei a dramatizar, que estou naquela fase... Da parvoíce. Mas é isto que eu sinto, que eu acho, e não me resta dúvidas de mais nada. Que não sou ninguém importante, que sou mais uma neste mundo.
Esta tarde, releembrava os momentos que passámos juntos, poderia passá-los denovo, mas não seria a mesma coisa. Não seriamos os mesmo inocentes de antes, o nosso amar deixaria de ser puro e forte, e passaria a ser algo artificial, como é agora algumas intimidades... Abandonei a minha entidade, perdia, tento encontrá-la mas não consigo. Quero chorar, quero sofrer, quero morrer! O mundo é um sítio sujo, cheio de dor e sofrimento. A muitos isso pode passar despercebida, mas para mim não. Eu sofro em silêncio, um sílencio que me corroi a alma. Talvez eu mereça...  Sempre que eu posso, enfio-me a ler ou a ouvir música. E imagino como seria ter uma vida e uma mente normal. Humana...

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