sábado, 15 de fevereiro de 2014

Será que dava para descrever tudo o que eu sinto e tenho sentido? Não dá, infelizmente. Ou melhor, felizmente. Traumas. Desilusões. Ilusões. Decepções. Desgostos. Descontentamentos...
Eu só precisava de um botão restart. Eu só queria poder voltar atrás e fazer tudo outra vez. Com calma, com sabedoria, com certezas de que estava a fazer o que era certo, não só para mim mas para muitos outros. Pessoas... Que entram na tua vida e destroem-na. Arranca-te a esperança. Destroem a tua autoconfiança e aquilo que devolvem de ti são apenas cacos que tu tens que tentar juntar depois e ver se volta a dar o mesmo. Raptam o brilho dos teus olhos e desaparecem com ela e nunca mais voltam. Violam a tua integridade moral e a justiça nunca é devidamente feita...
Onde foi que eu falhei? A cada dia que passa, acordar é um desafio. Respirar é um peso. Sair à rua e encarar pessoas é uma brutalidade. 
Onde foi que me deixaram? Parece que me deixaram longe de casa, num lugar obscuro que suga qualquer gota de esperança que surge em mim...
Onde foi que tudo parou? Peguem em mim e levem-me novamente ao sítio onde eu deveria estar. Ao paraíso construído pela minha mente onde a felicidade vagueia no ar que respiramos.
Não dá mais...

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

And it was only, just a dream.


Tinha sido um dia atarefado, onde a escola tinha ocupado cerca de três quartos do meu dia. O sol já se punha e, finalmente quando tudo acabou, arrumei as minhas coisas e fui-me embora para casa. Tinha-se passado mais um dia. Um dia insignificante. Numa história insignificante... Onde a personagem principal é quase como um objeto que serve apenas para ocupar espaço. Essa deve ser a melhor descrição de mim. Num mundo onde eu sinto que não me encaixo, onde simples palavras como amor, esperança ou simplesmente sorrisos são apenas projeções reais das fantasias das mentes de cada um. Um mundo baseado num ciclo vicioso, onde a depressão é a casa mais bonita, o medo é o meu melhor amigo e sofrimento é a melhor das companhias para os momentos mortos. Talvez esta seja apenas uma forma pouco realistica de ver as coisas mas, quando as pessoas assim o sentem, que mais há para se dizer? Mal podia esperar por ir de encontro com a minha cama que, de forma silenciosa, quente e aconchegadora, servia de base para os meus devaneios em dias mais tristes, em que nem mesmo respirar faz sentido. Dias esses que são os meus favoritos quando chove e que, faz com que a minha mente devaneie, brinque e fuja ao normal acompanhada pela melodia da chuva. Uma melodia ritmada, forte.
Resolvi deitar-me. Fechar os olhos e deixar-me levar. Deixar-me ir com o medo, com a angústia de mais um dia sem sentido, onde o sonho é o paraíso imiginário onde eu posso pintar o céu das mais diversas cores, onde o sol brilha com uma intensidade inexplicável, onde o amor é algo tão banal, repetitivo e nunca cessante como o acto de respirar. O cansaço venceu-me de modo que fechei os olhos...

Abri os olhos com uma rapidez tal que o meu cérebro não pôde, de modo algum, acompanhar o meu acto. Lucy... Lucy! O meu nome ecoava de forma assombrosa nos meus ouvidos. Ao início, parecia bem distante, mas a cada segundo que passava, sentia-o mais perto de mim. Um rapaz moreno, alto, esguio, de olhos verdes, com um sorriso rasgado, carismático e sedutor.

- Quém és tu? - questionei eu, de modo inquietante.
- Deixa as perguntas para depois, temos uma vida inteira pela frente. - respondeu de uma forma quase instintiva.

A verdade é que, eu sentia-me tentada a desistir dos meus medos e ir. Deixar-me ir. As palavras deles provocavam um leve arrepio na minha pele, uma vontade incomensurável de segui-lo.

- Demorei tanto tempo para encontrar-te. Percorri terras, mares, oceanos, escavei, nadei, gritei até não ter forças, mas encontrei-te. Vim aqui para libertar-te desse mundo obscuro... - e disse isso ao mesmo tempo que percorreu a minha face com um dos dedos.

Honestamente, eu já nem ouvia, estava albergada num mundo de fantasias, num mundo doce, aromático, quente, gentil... Sentia-me tentada a acreditar em promessas perigosas, abdicar de uma vida de incertezas para uma certeza incerta.

Levantei o rosto, tudo o que ele dizia era como se fosse música para os meus ouvidos, mel para os meus lábios, aconchego para o meu corpo, suporte para o meu mundo, aroma para a minha vida... Reparei que ele tinha uma das mãos esticadas na minha direção, e era agora. Nesse exato momento em que tudo iria ganhar sentido, fantasias preencheriam as minhas noites e aventuras os meus dias. Entreguei-me irracionalmente e quando a minha mão finalmente encontrou a dele...


... E com um frenesim acordei. O suor escorri pela minha face, o medo voltara e aquilo que parecia ter sido o momento mais real de todos, na verdade fora um sonho.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

"Descobre quem tu és, o que queres e faz disso o teu propósito de vida"



Onde eu parei? Onde e quando eu deixei para trás os meus sonhos? Quando é que eu deixei que o mundo exterior interferisse com aquilo que eu sou? Com aquilo que eu quero? A estrada para alcançar um determinado objetivo nem sempre é fácil. Nem sempre é plana. Nem sempre é bonita de se ver. Há espinhos, pedras, desafios e tudo que for necessário para pôr à prova aquilo que tu és e aquilo que tu queres. Mas... Quando é que eu perdi os meus sonhos?
Talvez a resposta a todas as perguntas não sejam fáceis. Não sejam simples... ou provavelmente eu nunca as terei enquanto não perceber de onde vem aquilo que eu sou, de onde vem aquilo que eu quero, de onde vem tudo o que eu anseio. São apenas 17 anos a caminhar. A onde foi que eu deixei os meus sonhos? Deixei-os no medo, na ansiedade, na impotência de ser tudo aquilo que quero. Será que foi querer demais que me trouxe às ruínas? Ou foi desejar aquilo que nunca esteve ao meu alcance.
Talvez a mudança terá de ser em mim mesma. Talvez eu precise de retirar todo este medo de mim, toda esta opressão. Eu tinha sonhos, eu tinha planos e desisti. Deixei a meio o que supostamente teria que levar até ao fim. Não tenho nada agora e tudo o que eu sinto agora é este cruel desejo de voltar. Estou perdida, perdida no paraíso, no paraíso imaginário, no paraíso criado onde eu quis viver e não fui aceite. Tenho vindo a cair durante todo este tempo. Esperança, será que isso existe? Força, será que é apenas uma questão de aceitação e motivação que faz a mente avançar? Estou cansada disto.
Certo dia, um amigo meu disse-me para eu ser a mudança que eu queria ver no mundo... O quão certo ele estará? Até que ponto isso é aplicável...? Creio que esteja na hora de acordar, deixar de sobreviver e passar a viver. De onde vem a força? Não sei. Quem eu sou? Estou a descobrir e que isso será um propósito de vida? Bem, será. A partir de agora, a partir de hoje...
Já tropecei demasiado, já desisti bastante. Já chorei demasiado e já deixei que as pessoas transformassem o meu coração em pedra. Já lutei por pessoas que hoje já nem me lembro mais da última vez que as vi na cara. Já desisti de objetivos porque simplesmente obtive um «não» à primeira. É isto que eu quero? Bem não. Deixei-me ir muito depressa. Demasiado depressa sem oferecer luta. Atei os braços e deixei-me levar. O preço foi alto? Foi. Talvez maior do que aquilo que eu poderia pagar. Perdi o controlo, deixei-me navegar. E tudo parece estar partido. A minha alma, a minha mente. Mas só quero que o mundo saiba quem eu sou e para que nasci. Todos temos um propósito e o meu está por vir... É hora de acordar, lutar e enfrentar a vida. A vida... começa agora.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Há coisas que nunca mudam, coisas que nunca saem do lugar, ideias que nunca são alteradas...
Aqui estou eu, novamente no espaço que esperava eu, não ter de entrar tão cedo. Por ter afundado tudo, por ter conseguido sorrir e seguir em frente com tudo aquilo que fazia-me mal e que consegui deixar para trás. Mas pois é, tão depressa se está bem, como se está mal. 
A vida tem-me ensinado muita coisa. Poucas são as coisas que, eu posso considerar como qualquer coisa como, eternas... Nem pessoas, nem objectos, muito menos então, a nossa existência. 
Posso dizer-vos que estou farta e cansada. É como se aquela injecção de coragem e força que eu injetei tivesse feito efeito por um determinado período de tempo mas que agora tivesse acabado. 
Parece que voltei de novo ao zero, sem nada com que agarrar, sem chão, sem nada... Com um horrível vazio em mim, algo impreenchível, incompreensível que eu tenho lutado dia após dia para resistir, mas como se as minhas forças se tivesse esgotado. Sinto só, triste, infeliz... 

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Medo de perder o que não é meu.


Sim, eu confesso que já tive medo de perder muita coisa, inclusive até, o que, de forma alguma não era meu.  Quero dizer, quem nunca desejou ser feliz? Porque na parte da felicidade não entra sequer a parte materialista, apenas o sentimento, o desejo de ganhar, de ter e dominar bases sentimentais. Foi com esse desejo que eu desejei ter o que não era meu. Eu queria-o, como um corpo precisa de oxigénio quando está aflito, como a Terra precisa do Sol, como o meu corpo precisa de sangue...
Pensei que não iria estar bem até não conseguir ter o que queria, aliás, faltava-me tudo, mas o tudo que me faltava, eu sentia que bem lá no fundo do meu ser podia ser rapidamente preenchido. Foram com esses pensamentos que eu tentei e pensei em conquistar aquilo que, de facto, não me pertencia e, nem poderia pertencer. E era lá, na aquela caminha que eu deitava-me todos os dias e pensava, desejava, mas acima de tudo revia mentalmente os meus progressos. Como eu desejava tê-lo ali ao meu lado. Conseguia fechar os olhos e ouvir a chuva lá fora, inquietante, cuja melodia fazia-me companhia naquelas tardes dolorosas, tristes que eu passava sozinha. Ali deitada, de forma imaginária, conseguia invocar o cheiro dele, o toque que eu senti por inúmeras vezes nas minhas faces que, por vezes sem conta, fazia o meu estômago andar às voltas. Sim, eu sentia que de uma forma estranha que ele pertencia-me, como um filho pertence a uma mãe, como o sangue ao meu coração, como uma gota de água pertence ao oceano... Podia dizer que conseguia dizer mentalmente tudo o que a coragem não me permitia dizer cara a cara. Divagava de tal maneira que poderia sentir a respiração dele na minhas maçãs, o hálito fresco contra a minha testa... Devido ao frio, o seu peito frio poderia semelhar-se a uma pedra de mármore, branca, pálida, mas que, pela beleza sentia-me impotente de deixá-lo. Não percebia porque continuava a sonhar com aqueles momentos, porque continuava a querer continuar a prender o que não era meu... Agarrando-me a uma realidade impotente e inexistente. Mas, a verdade é que eu encontrava naqueles devaneios da minha mente, um sítio seguro, quente e bom, onde eu sentia-me em paz de espírito.
Eu consegui livrar-me desse fantasma tempos depois de perceber que ele iria abandonar a cidade. Aquele cantinho apertado da minha caminha nos dias frios... Foi aí que eu percebi que o meu desejo de mantê-lo ali comigo havia sido inútil, é como se prendêssemos uma borboleta dentro de um frasco e que, a certa altura tivesse que a libertar porque via-mos nas asas dela a quebrarem-se, o desejo de ser livre. Foi assim, que eu despedi do que não era meu, quando ele abandonou tudo, e eu continuei sozinha, outra vez, na minha caminha ao lado da janelinha que entoava a melodia furiosa da chuva....

111ª Edição Opinativa - Bloínquês*

sábado, 18 de fevereiro de 2012

«Por vezes é esse mesmo o problema: acreditar demasiado. Digo-te que acreditei porque gostava, digo-te que acreditava por amava... Tantas lágrimas depositadas num ser sem fundo, sem espaço para receber, sem disponibilidade, sem vontade... Arrependo-me? É claro, mas agora estou mais forte e acredito que superei. O sofrimento até lá foi enorme, é, eu confesso, mas agora que estas bem longe... Eu agradeço. Agradeço pela distância, pelo tempo, por fazeres que eu deixasse de sofrer por ti. Alguém que não merece, alguém que não tem o mínimo respeito por aquilo que eu sentia... Sim, agora digo que tudo acabou.»

domingo, 7 de agosto de 2011

No céu estrelado eu me perco com os pés na terra ♪ Mensagem de Amor - Os Paralamas do Sucesso)


Passei dois dias presa no quarto com a luz apagada; o estore completamente fechado, não deixava o mais ínfimo raio de luz penetrar o escuro; o silêncio era ensurdecedor; as lágrimas banhavam a minha alma e encharcavam a minha almofada; os lençóis sobre mim aconchegavam-me com um calor reconfortante. Foram dois dias mal passados e mal dormidos. Ainda conseguia sentir o ardente e doce perfume dele que abraçava o meu olfacto, tal e qual como quando ele abraçava-me de noite e a sua pele macia e quente fazia-me adormecer. Memórias lindas que eu tentava preservar, agora, a todo custo, passavam de rompante na minha mente.

Ainda mal consigo acreditar no que aconteceu. Belisquei-me vezes sem conta até o meu braço esquerdo encontrar-se absolutamente vermelho, inchado e dormente; para ter a certeza de que aquilo passara-se mesmo.

Ele partiu. Deixou-me uma profunda amargura na alma, que não será brevemente preenchida. A falta que ele me faz é avassaladora. O seu aroma doce e ardente que fazia com que eu entrasse em êxtase; o toque suave e protector que acomodava-me todos os dias antes de adormecer; os ínfimos «Eu amo-te!», quanto eram inesperados, a que eu nunca dei demasiada importância…

Levantei-me da cama. Com o corpo fraco e vulnerável ainda consegui tactear até chegar ao botão para acender o candeeiro. A luz cortou o negro que cobria aquele abismo, o meu quarto. Ainda meio trémula, retirei os lençóis que cobriam o meu corpo e sentei-me na cama. Procurei freneticamente o telemóvel por debaixo da minha almofada e quando finalmente o encontrei, resolvi ligá-lo. Tinha trinta chamadas de pessoas que queriam saber como eu estava, mensagens de consolo e mensagens no voice-mail. Gastei as poucas energias que ainda me restavam e atirei o pequeno aparelho contra a parede. Queria gritar «Deixem-me em paz! Nada o trará de volta, por isso deixem-me sentir e lamentar o suficiente pela sua eterna ausência!», o grito morreu-me na garganta, não tinha mais forças. Caí na cama, novamente com o rosto banhado em lágrimas.

Limpei o rosto e bebi um gole da água que se encontrava no copo na minha mesa-de-cabeceira. Desta vez resolvi deixar aquele abismo, levantei-me e caminhei em direcção à porta do quarto. Abri-a e continuei o meu trajecto até à casa de banho. O silêncio era ensurdecedor, a casa parecia assombrada, sem vida, sem cor e sem qualquer resto de motivação para se manter ainda, de pé.

O choque foi descomunal assim que acendi a luz e deparei-me com a minha figura no espelho. Covas fundas e negras marcavam sombriamente os meus olhos; as minhas maçãs não tinham outra cor senão o branco absolutamente pálido; o meu olhar não tinha vitalidade alguma; os meus lábios tremiam de tal maneira que o tilintar dos meus dentes, formavam um frenético som que cortava o silêncio daquele espaço e o meu corpo simplesmente estava cadavérico, bastava observar as minhas mãos para ver que os meus ossos estavam cobertos por pele, sem qualquer resto ou indício de carne.

Virei-me de costas e libertei-me das roupas de costas para o espelho, não queria ver novamente a minha figura desastrosa. Entrei na banheira e pus a água a correr. O calor era óptimo embora não fosse o milagre que eu precisava. Esfreguei tanto a pele porque sentia-me suja, que grandes feridas abriram-se e o sangue jorrava manchando toda a água. Depressa me desfiz daquele cenário e abandonei aquele local. Caminhei até à cozinha, onde finalmente alimentei-me apesar de me ter sabido a tão pouco. Estava tudo tão silencioso que conseguia ouvir e acompanhar o trajecto do ar, que encaminhava para os meus pulmões e era expulso pelas vias nasais. Deparei-me com velho caderno em cima da mesa, ao seu lado encontrava-se uma caneta. Ambas solitárias, após a partida do dono. Quando dei por mim estava a escrever, tudo o que achava, incomodava-me e sentia. Era uma carta sem dúvida completa. Tive uma ideia. Levantei-me novamente e fui vestir-me, peguei na carta, nas chaves do carro e saí.

No caminho passei por um super mercado, parei e comprei um balão. Continuei até chegar ao lugar preferido do Damon. Estacionei, saí e fui sentar no nosso banco de sempre. «No céu estrelado eu me perco com os pés na terra», era a frase com que eu mais me identificava na nossa música favorita, que tinha acabado de ouvir.

O céu estava coberto com um manto negro e enfeitado com estrelas eternamente brilhantes. Deixei-me sucumbir, derramei uma lágrima de desespero. Não conseguia falar, isto estava a ser demasiado para mim. Resolvi entregar a minha carta. Amarrei-a ao balão, beijei e afaguei-a ternamente. Com mais uma lágrima soltei e os meus olhos acompanhavam o leve esvoaçar do balão.


Querido Damon,

Ficou muito por dizer e, acredito que isto não seja um adeus, mas um breve, embora longo «Até já!». Queria poder voltar atrás para impedir-te de teres tido o acidente, de ter-me poupado a mim e à tua família todo o sofrimento, desejava loucamente que nada tivesse acontecido. Porque será que eu sinto que todas as vezes que eu disse que te amava agora parecem poucas? Ainda havia muito para fazermos, por dizer, concluir, planear, construir… A tua falta será para sempre um vazio impreenchível na minha alma. O meu amor se manterá, para sempre intacto e genuíno. Só queria acordar e saber que estás novamente ao meu lado… Estejas onde estiveres descansa em paz, que eu continuarei a lutar por ti na mesma paz que me proporcionaste enquanto existias.

                                          Um eterno e verdadeiro: «Eu amo-te».
                            Isto não é um adeus, porque tenho fé que nos vamos reaver.

                                                                                                                Para sempre tua.
                                                                                                                                            Lucy


80º Edição Musical
*Projecto Bloinquês