sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

"Descobre quem tu és, o que queres e faz disso o teu propósito de vida"



Onde eu parei? Onde e quando eu deixei para trás os meus sonhos? Quando é que eu deixei que o mundo exterior interferisse com aquilo que eu sou? Com aquilo que eu quero? A estrada para alcançar um determinado objetivo nem sempre é fácil. Nem sempre é plana. Nem sempre é bonita de se ver. Há espinhos, pedras, desafios e tudo que for necessário para pôr à prova aquilo que tu és e aquilo que tu queres. Mas... Quando é que eu perdi os meus sonhos?
Talvez a resposta a todas as perguntas não sejam fáceis. Não sejam simples... ou provavelmente eu nunca as terei enquanto não perceber de onde vem aquilo que eu sou, de onde vem aquilo que eu quero, de onde vem tudo o que eu anseio. São apenas 17 anos a caminhar. A onde foi que eu deixei os meus sonhos? Deixei-os no medo, na ansiedade, na impotência de ser tudo aquilo que quero. Será que foi querer demais que me trouxe às ruínas? Ou foi desejar aquilo que nunca esteve ao meu alcance.
Talvez a mudança terá de ser em mim mesma. Talvez eu precise de retirar todo este medo de mim, toda esta opressão. Eu tinha sonhos, eu tinha planos e desisti. Deixei a meio o que supostamente teria que levar até ao fim. Não tenho nada agora e tudo o que eu sinto agora é este cruel desejo de voltar. Estou perdida, perdida no paraíso, no paraíso imaginário, no paraíso criado onde eu quis viver e não fui aceite. Tenho vindo a cair durante todo este tempo. Esperança, será que isso existe? Força, será que é apenas uma questão de aceitação e motivação que faz a mente avançar? Estou cansada disto.
Certo dia, um amigo meu disse-me para eu ser a mudança que eu queria ver no mundo... O quão certo ele estará? Até que ponto isso é aplicável...? Creio que esteja na hora de acordar, deixar de sobreviver e passar a viver. De onde vem a força? Não sei. Quem eu sou? Estou a descobrir e que isso será um propósito de vida? Bem, será. A partir de agora, a partir de hoje...
Já tropecei demasiado, já desisti bastante. Já chorei demasiado e já deixei que as pessoas transformassem o meu coração em pedra. Já lutei por pessoas que hoje já nem me lembro mais da última vez que as vi na cara. Já desisti de objetivos porque simplesmente obtive um «não» à primeira. É isto que eu quero? Bem não. Deixei-me ir muito depressa. Demasiado depressa sem oferecer luta. Atei os braços e deixei-me levar. O preço foi alto? Foi. Talvez maior do que aquilo que eu poderia pagar. Perdi o controlo, deixei-me navegar. E tudo parece estar partido. A minha alma, a minha mente. Mas só quero que o mundo saiba quem eu sou e para que nasci. Todos temos um propósito e o meu está por vir... É hora de acordar, lutar e enfrentar a vida. A vida... começa agora.

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